“Um Pouco De Possível, Senão Eu Sufoco...”:A Escuta Da DeSRAZÃO No Fazer Musicoterápico

Páginas: 150 (37440 palabras) Publicado: 10 de abril de 2012
MARIANA CARDOSO PUCHIVAILO

“UM POUCO DE POSSÍVEL, SENÃO EU SUFOCO...”: A ESCUTA DA DESRAZÃO NO FAZER MUSICOTERÁPICO

CURITIBA 2008

MARIANA CARDOSO PUCHIVAILO

“UM POUCO DE POSSÍVEL, SENÃO EU SUFOCO...”: A ESCUTA DA DESRAZÃO NO FAZER MUSICOTERÁPICO

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel do Curso de Musicoterapia da Faculdade de Artes doParaná. Orientadora: Mt Ms Sheila Volpi

CURITIBA 2008

AGRADECIMENTOS

A todos que estiveram comigo durante este maravilhoso processo de criação. Principalmente àqueles que me mostraram a importância da Desrazão: sujeitos lindamente desarrazoados e Pensadores do Fora. A minha família. A minha mãe pelo carinho incomensurável. A meu pai, que para sempre será meu mais amado herói. A meu irmão, meumais antigo amigo; continue sempre assim, tão diferente e tão especial. Ao Anibal, companheiro de todas as horas, obrigada por estar sempre ao meu lado e me trazer paz e alegria durante os momentos difíceis. Aos amigos, todos eles! Em especial os que estiveram comigo desde o primeiro ano de faculdade. Foram os momentos que dividi com vocês que me fizeram crescer e me tornar a pessoa que sou hoje,obrigada por tudo. A minha querida orientadora, obrigada pelas permissividades, pelo cuidado, carinho e dedicação. Este trabalho nunca teria ‘a minha cara’ se não fosse por você... A todos os que me acompanharam em ‘viagens na maionese’, nas indignações, nos momentos de reflexão que iam de minutos a tardes inteiras, em que o tempo parava para nos escutar. Agradeço seus silêncios e carinho. Porcomigo ressoarem e muitas vezes dissoarem, mas principalmente, por sempre me darem esperança. Ao querido S, a quem dedico tantas músicas, obrigada pelos olhares que valeram muito mais do que mil palavras, do que uma vida inteira de aprendizado. Por me fazer acreditar na importância do cuidado e no potencial da música. E por me fazer entender que é preciso nadar contra a corrente mesmo que estejamossozinhos, pois, apesar de parecer que não saímos do lugar, estamos fazendo muita diferença.

Eu tava encostada em minha guitarra No quadrado branco, verde o papelão. Eu era um enigma uma interrogação Olha mais que coisa boa, boa, boa, boa, boa... [...] Eu me perguntava Era um gesto hippie, um desenho estranho Homens trabalhando, pare contramão E era uma alegria, era uma esperança E era dança edança ou não, ou não, ou não, ou não... [...] Via o que é visível, via o que não via E o que a poesia, e a profecia não têm mais vê e vê e vê e vê... É o que parecia E as coisas conversam, coisas surpreendentes, fatalmente erram acham solução. E que o mesmo ciclo que eu tento nele ser É apenas o possível, e o impossível em mim, em mim, em mil, em mim, em mil... E a pergunta vinha... (Música: “Eu souNeguinha?” – Composição: Caetano Veloso)

RESUMO

O presente trabalho propõe uma reflexão em torno da Desrazão e sua escuta nas práticas musicoterápicas. Para tanto, o principal autor utilizado é o filósofo Peter Pàl Pelbart (1989, 1999, 2006), sendo que este se baseia em autores como Deleuze, Guattari, e Foucault. Mostra-se como a Desrazão, ao longo da história da humanidade, foi sendosuprimida e enclausurada na loucura. São abordados conceitos como o Fora, Caos-Germe e Relações com o Fora, para que sejam trabalhadas as vizinhanças da Desrazão. Aprofunda-se a reflexão acerca da Desrazão, no campo da Saúde Mental, incluindo a proposta da Reforma Psiquiátrica. Apresentam-se os trabalhos da psiquiatra Nise da Silveira e da musicoterapeuta Raquel Siqueira Silva, chamadas aqui de‘Cuidadores do Fora’. A partir de então, realizam-se diálogos para refletir sobre possíveis fazeres musicoterápicos que considerem uma Relação com o Fora. Entende-se, finalmente, a necessidade de uma escuta ampliada do musicoterapeuta, numa clínica que se apresente como transgressora e que possibilite movimentos de potencialização da subjetividade do indivíduo, de recriação de formas existenciais,...
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