Instituto Superior De Educação Vera Cruz
MARIA DE LA LUZ MARIZ COSTA (período vespertino)
Paula Gonzalez Rosa (período noturno)
1ª PRATICA MATEMÁTICA II
Resolução de Problemas
Representação e Campos Conceituais
Pesquisa: Produção Escrita de Problemas
Docente: Maria LydiaAbril de 2008
São Paulo
Outubro – 2007
1 TEMA: PEDAGOGIA DE PROJETOS
OBJETIVO DA PESQUISA: DETERMINAR O REPERTÓRIO DE PROBLEMAS DAS CRIANÇAS ENTREVISTADAS
Ao planejar a prática, a expectativa das pesquisadoras era de que não haveria grandes dificuldades para as crianças imaginarem e formularem problemas. Afinal, na faixa etária em foco elas estariamentre o 3º e o 5º anos e, estando em escolas públicas ou privadas, já teriam passado por muitas experiências escolares envolvendo problemas matemáticos.
Na prática, as coisas não aconteceram bem assim. Em primeiro lugar porque na conversa inicial sobre o tem “problemas” um bom número de crianças descreveu questões do tipo pessoal: ter a casa incendiada, passar por uma batida de carros, brigasfamiliares outras semelhantes.
Em segundo lugar, houve muito pouca variação entre os problemas formulados. Por exemplo a grande maioria era canônica e estava relacionada ao campo aditivo, envolvendo transformação positiva ou negativa do estado final.
As próprias “histórias” usadas na formulação dos problemas, com poucas exceções, quase nunca foram criativas e pouco basearam-se em situações da vidacotidiana de crianças da faixa etária investigada. Até a formulação dos problemas não mudava substancialmente, lembrando a linguagem dos problemas que costumam aparecer nos livros e apostilhas didáticas.
Concluímos, então, que as escolas investigadas (através de seus alunos) não estão valorizando adequadamente o trabalho com formulação e resolução de problemas como deveriam.
AS CRIANÇASENTREVISTADAS
Amanda, Diego, Fernando e João Paulo estão na faixa dos 8 anos, embora haja diferenças de meses. Na conversa inicial, Amanda e Diego logo relacionaram as questões colocadas aos problemas matemáticos e se mostraram ávidos em demonstrar seus conhecimentos do assunto.
As outras duas crianças, porém, pensaram primeiro em problemas pessoais: Fernando, em como fazer o pai, separado da mãe,visitá-lo com mais freqüência; João Pedro, em como acabar com as discussões entre ele e o irmão mais novo.
Do ponto de vista de classe social, havia poucas diferenças entre as crianças. Mesmo assim, a visão das famílias com relação a educação e a cultura mostravam algumas diferenças.
Amanda, 8 anos e 10 meses, é aluna da 3ª série de escola particular da Zona Oeste. Antes disso, freqüentou outrasescolas, estaduais e particulares (entre estas últimas cursou a Educação Infantil).
Sua família é tradicionalmente estruturada. Nenhum membro é especialmente abonado, mas todos valorizam a educação e a cultura. Há vários músicos (um tio é violinista da Orquestra Sinfônica de São Paulo) e até uma ex-bailarina clássica, a avó (a mãe se chama Gisele em homenagem ao balé de mesmo nome).
Não sei sepor isso a menina teve tão bom desempenho entre os quatro entrevistados.
Diego, 8 anos, é aluno da 3ª série do Sesi, que tem fama de “puxar muito pelos alunos”. Não fez pré-escola. É muito vivo e também preocupado em impressionar pela inteligência e pelo que sabe. A família é de classe média, mas lida com problemas de vários tipos, tanto econômicos como de estrutura familiar. Moram na mesma casa osavós maternos, a mãe, uma tia (também com um filho) e um tio solteiro. Todos na casa têm muito orgulho do menino e elogiam seu desempenho escolar. A mãe comenta que “nem precisa falar para ele fazer as lições de casa”.
Fernando, 8 anos, é aluno da 3ª série de escola particular da Zona Oeste. A família é de classe média. Os pais estão separados há cerca de um ano. O menino mora com a mãe e com...
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