Levi-Strauss, Leach E Bourdieu - Resumos De Obras

INTRODUÇÃO À OBRA DE MARCEL MAUSS – LEVÍ- STRAUSS
- Ensaio sobre a dádiva = TROCA – denominador comum de um grande número de atividades sociais aparentemente heterogêneas.
* Não fornecida empiricamente
* 3 obrigações: dar, receber e retribuir
- Existência de uma estrutura (experiência oferece fragmentos)
- Coisas trocadas = Existência de uma virtude que força as dádivascircularem.
* Começo da dificuldade (crítica de Leví-Strauss)
* Virtude concebida subjetivamente: é apenas o ato da troca, como no pensamento indígena; ou, é de uma natureza diferente e em relação a ela o ato torna-se secundário.
TROCA = constituí o fenômeno primitivo.
“A unidade do todo é ainda mais real que cada uma das partes” – Ensaio sobre a magia. # Ensaio sobre a dádiva– faz ao contrário, tenta reconstruir um todo com partes ( o que é impossível), e acrescenta algo subjetivo – o HAU.
*Etnólogo se deixa mistificar pelo indígena.
“ O hau é a forma consciente sob a qual homens de uma certa sociedade determinada, em que o problema tinha uma importância particular, concebem uma necessidade inconsciente cuja razão esta alhures.”
Dívida consciente <-- -->inconsciente
TEORIA:
- Atacar um problema etnográfico a partir de: teoria neozelandesa? Ou noções ocidentais?
* Porém não será nada mais que uma teoria.
Estruturas mentais inconscientes: (ex – hau)
* Observadas melhor através das instituições e/ou linguagem. (ex: Papuás e melanésios tem uma mesma palavra para designar compra e venda – dois modos de uma mesma realidade)
*** A VIDASOCIAL COMO UM SISTEMA DE RELAÇÕES.
* Compreender o ato mágico como um juízo.

* Mauss introduz na crítica etnográfica a distinção fundamental entre juízo analítico X juízo sintético.
ESTRUTURA LÓGICA DA OBRA

- Apoiada na noção de mana (mana – seria profanado)
Mana, waken, orenda = representam explicações do mesmo tipo em diferentes locais, é legitimo construir o tipo, procurarclassificá-lo e analisá-lo.
***( As concepções desse tipo são freqüentes e difundidas que convém perguntar se não estamos diante de uma forma de pensamento universal e permanente)
* Não caracterizar certas civilizações em estágios arcaicos, seria uma função de uma certa situação de espírito diante das coisas.
*** Há em toda parte noções desse tipo, para representar um valor indeterminado,suscetível de receber qualquer sentido. A função é preencher a distância entre significante e significado.
*** Hau e mana é o reflexo subjetivo da exigência de uma totalidade não percebida. A troca é uma síntese dada imediatamente ao e pelo pensamento simbólico, que como em qualquer outra forma de comunicação, supera a contradição de perceber as coisas como elementos do diálogo relacionados a si e aoutrem.
* A noção de mana não é da ordem do real, mas da do pensamento, pensado também como um objeto.
RESPOSTA = está no caráter relacional do pensamento simbólico.
- O universo tornou-se significativo, não quer dizer que ele foi melhor conhecido.
- Linguagem = maior desenvolvimento do conhecimento.
** Oposição: SIMBOLISMO X CONHECIMENTO
Caráter:Descontinuidade X Continuidade
( São doía blocos complementares, mas o segundo (conhecimento) evoluí mais lentamente)
* Época recente = pensamento cientifico como mestre; ideal intelectual e moral – forma oficial e refletida. Porém a diferença de simbolismo e conhecimento é apenas de grau, não de natureza.
*** Simbolismo X conhecimento = conserva caracteres comuns nas sociedades nãotecnológicas e nas nossas, ainda que desigualmente marcados.
* Superabundância do significante em relação ao significado.
ANOTAÇÕES DO CADERNO
* Humanos = necessidade de atribuir significado ao mundo e a todas as coisas do mundo.
- Leví-Strauss defende que Mauss se enganou ao levar ao pé da letra a significação das palavras. Nem os sábios nativos sabiam essas significações literais e, por...