Tolerâncias Dimensionais, Tolerâncias Geométricas

ELEMENTOS DE MÁQUINAS
Profa. Eneida Gonzalez Valdés

Tolerâncias Dimensionais, Tolerâncias Geométricas e
Rugosidade Superficial

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ELEMENTOS DE MÁQUINAS
Profa. Eneida Gonzalez Valdés
Introdução:
Breve explicação histórica sobre a introdução dos sistemas de tolerâncias
No fim do século XVIII o industrial Whitney, fundador da indústria algodoeira dos
estados Unidos, encarregado pelopróprio governo de fabricar 10 000 fuzis, com a
finalidade de eliminar o ainda lento e custoso trabalho manual dos armeiros, estudou e
realizou primeiramente as máquinas ferramentas necessárias para isso e introduziu depois
os meios de controle mais precisos do que os usados naquele tempo, os calibradores fixos
de medida. O resultado naquele tempo foi notável, porque se podiam montar 100obturadores por eles construídos, unirem as peças simples entre si e montá-las sem
nenhuma dificuldade nem trabalho de ajustagem, obtendo novamente 100 obturadores
novamente. Foi assim introduzido o principio da intercambiabilidade.
Este método de trabalho segundo o principio da intercambiabilidade se difundiu
rapidamente nos Estados Unidos, demonstrando-se muito eficaz pelos grandes benefíciosque permitiu efetuar.
O progresso conseguido tinha uma limitação notável para conseguir a
intercambiabilidade, porque esta estava condicionada à pericia do operador para a
montagem das peças com o ajuste necessário. Ou seja, a escolha da tolerância de
trabalho era deixada à pericia do operador e portanto muito subjetiva, para garantir o
sucesso deste trabalho era necessário introduzir doiselementos fundamentais:
1. O calibrador diferencial;
2. Um sistema de regulamentado de tolerâncias.
Exemplos de calibradores:
Calibradores fixos para controle de eixos e furos

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(a)

(b)
Calibradores fixos diferenciais para controle de eixos (a) e furos (b)

Para começar o estudo da disciplina de Elementos de Máquinas I,precisamos rever
os conceitos de cotagem funcional e introduzir os conceitos de tolerâncias de trabalho.
Um desenho tradicional não sempre satisfaz as exigências funcionais e de produção.
O problema fundamental está na cotagem apresentada no desenho, às vezes esta
não fornece as informações completas, claras e totais para fabricação da peça e isto
requer uma retrabalho do operador da oficina mecânicaem identificar por onde começa a
fabricação dessa peça.
A cotagem deve ser funcional e isto pressupõe uma análise profunda da
funcionalidade de cada elemento, das tolerâncias dimensionais, tanto de forma como de
posição. Os desenhos devem ser elaborados tendo sempre presente o elemento custo que
é a base de um produto competitivo.
Lembrem bem desta frase:

“O QUE É BEM PLANEJADOFABRICA-SE FÁCIL E CUSTA MENOS”
Definições:
Desenho de produto acabado: é um desenho que define clara e completamente o
produto em seu estado de utilização. Define, portanto, as condições de capacidade ao
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emprego especificando diretamente as condições requeridas pela função do produto.
Deste modo é chamado desenho de produto acabado, seja deuma peça pronta para a
montagem, ou o desenho de uma peça obtida por fundição que antes de passar para
qualquer trabalho posterior é considerada como produto acabado fundido.
Elementos de uma peça: qualquer parte constituinte de uma peça seja uma
superfície plana, cilíndrica, uma saliência, um filete de rosca etc.
Cotagem funcional: um elemento se diz funcional quando reveste de importânciafundamental no funcionamento e na utilização da peça a que pertence, exemplo a posição
da peça no local da montagem.
Cotagem não funcional: não incide na funcionalidade da peça.
Auxiliar: é dada sempre como informação sem prescrições de tolerância.
A norma de cotagem NBR – 10126 – 1987 especifica os princípios a serem seguidos
na cotagem de desenhos técnicos, dentre os principais temos:...