Universidade Do Minho

António Cunha, reitor da Universidade do Minho, fala sobre o seu percurso à frente da Universidade do Minho

“O último ano e meio caracterizou-se por diversas instabilidades e restrições ao nível orçamental que dificultaram os desejáveis exercícios de planeamento institucional”

O percurso enquanto reitor, as principais dificuldades, o futuro da Universidade, os cortes orçamentais no ensinosuperior e a passagem da Universidade a regime fundacional foram alguns dos assuntos que estiveram “em cima da mesa”

Está desde 2009 à frente dos destinos da Universidade do Minho. Que balanço faz desta viagem?
Têm vindo a ser concretizados e ultrapassados os objectivos do nosso programa,
Este crescimento está acontecer num quadro de importantes alterações estruturais internas que permitirãoà universidade aumentar a sua eficiência, criando oportunidades alargadas para a investigação.
Os tempos e os contextos externos são particularmente difíceis. Acredito que seremos capazes de encontrar, nessa adversidade, oportunidades de consolidação do nosso projecto.

Ser reitor da Universidade do Minho é para si uma missão profissional ou um prazer pessoal?
As actuais funções são muitoabsorventes e exigentes. Exerço-as com grande prazer e satisfação. Ser reitor da Universidade do Minho é uma honra que procuro retribuir com o melhor do meu esforço diário e com uma disponibilidade permanente.

Na prossecução da sua tarefa enquanto reitor, quais têm sido as maiores dificuldades com que se tem deparado?
As dificuldades resultantes do quadro muito particular que o país está aatravessar e que coloca constrangimentos adicionais à administração pública. A diversidade e especificidade das actividades de uma grande universidade ficam limitadas por esse quadro. Para além de dificuldades específicas, o último ano e meio caracterizou-se por diversas instabilidades e restrições ao nível orçamental que dificultaram os desejáveis exercícios de planeamento institucional e de gestão deprojectos.

Tomou as "rédeas" da universidade numa altura não muito favorável. Em termos da relação com a tutela quais têm sido as maiores contrariedades?
A situação actual é de grande constrangimento orçamental, mas é um momento de crescimento e de oportunidades.
A relação com a tutela é boa, séria e profícua. O momento actual exige que os actores do ensino superior concertem esforços. Istonão quer dizer que estejamos sempre de acordo. Quer dizer que há um quadro de confiança e uma articulação na consolidação de um bem maior que são os sistemas científico e de ensino superior nacionais.

Para além da equipa reitoral inicial, foi recentemente empossado um Pró-reitor com a tutela exclusiva da infra-estrutura. A que se deveu esta necessidade?
Na constituição inicial da equipareitoral foi deixado um lugar de pró-reitor em aberto, de modo a que a decisão fosse tomada mais tarde. Essa decisão foi tomada agora e teve em conta a importância da gestão diária da infra-estrutura da universidade e o elevado número de projectos que queremos lançar.

Ainda com dois anos pela frente neste seu mandato. Pensa que serão suficientes para implementar tudo o que tem projectado?
Estouconvicto que concretizaremos o programa com que estamos comprometidos.
Apesar dos sucessos referidos, há muito a melhorar.
Há, também, grandes e desafiantes projectos que serão estruturantes para o desenvolvimento de uma cultura diferenciada na nossa comunidade académica, por exemplo, a reforma curricular e o sistema de garantia de qualidade.

Dos projectos que tem qual é o seu eleito, aqueleque mais gostaria de ver concretizado a curto/médio prazo?
Estão hoje em desenvolvimento projectos de grande importância estratégica. Um desses projectos é a conclusão da construção e o início da implementação do projecto Campurbis em Guimarães, criando um novo pólo da Universidade. A readaptação do Largo do Paço, construção de instalações no campus de Gualtar para a Escola de Enfermagem e a...