El Cuervo

EL C U E R V O ,
POR

EDGAR A. POE.

TRADUCCIÓN

CASTELLANA,
I'OK

F E L I PE

tí.

(J A Z E N E U V E.

EAGLE PASS, TEXAS.
1 8 9 0.

K L C U E R V O.

C a m i n a n d o de Chicago á Nuev:t York c.u el F-.HY.JJ irril O.MILIMI
g a n presencié l:i r á p i d a escena
trasmigración

<[iie voy á referir, c a u s a p r i m o r d i a l de

de

las

iuforlin-j.ue qu •; pninunili^i _^ -*•.-• •* ' •Subió de una de las e s t a c i o n e s al coche q u e yo
después

del Michi-

una rápida ojeada á las hileras

o c u p a b a una j o v e n Mi.ss y

de

a s i e n t o s o c u p ó el q u e se

h a l l a b a d e l a n t e del mió. único a c a s o e n t e r a m e n t e d e s o c u p a d o .
un p r i n c i p i o q u e era

una bella

joven,

mas

que

Noté desde

por la r e g u l a r i d a d (Je lasfacciones, por la d e l i c a d e z a de su c o m p l e x i ó n y la refulgencia de s u s á u r e o s
rubios c a b e l l o s
mas,

q u e no

De e s t a t u r a e s p i g a d a , realzaba ésta la levedad de s u s foralcanzaba á disimular

la

manteleta

a b r o c h a d a cuello

abajo.

La rectitud de su porte era de las q u e hacen recelar g r a n estrechez d e omóp l a t o s ; pero unida
ia aureolaal

¡suave

de s u s cabellos,

r e l a m p a g u e o de s u s g r a n d e s ojos cerúleos y á
podía

personificar

el

prototipo

poético de la

forma femenina del Norte.
Kl v e n d e d o r
dulces

ambulante

del

Ferrocarril

y frutas q u e v e n d í a ; una

p r a r nada.

Repartió

y otra

le ofreció

vez

con

insistencia

los

significó q u e no (pieria com-

en s e g u i d a libros yfolletos y dejó un c u a d e r n o en el

a s i e n t o de la j o v e n , cojióle ésta

y

comenzó á

regresó á r e c o g e r s u s papeles, se lo .devolvió.

leer.

Cuando

el

vendedor

F n ese m o m e n t o s * ! levantó

del a s i e n t o colateral un h o m b r e q u e . á lo que recuerdo, tenia todo el a s p e c t o
de

m e r c a c h i f l e t r a s h u m a n t e , ó ••coinmis-voyageur. " ó ^•drummer. "

Que-

I
jl'Vuic de él s o l a m e n t e una impresión de a n t i p a t í a y i:l reclienID fie l;i
nariez de su aspecto, a c t i t u d e s v 111 KIMles.
il" m a n o s ilcl

vciii leí 11 > i° v s r

sentó,

K-ite h o m b r e recobró el ciisnIITII'IJ
no va cu su a s i e n t o , sino

q u e d a b a s a c i o al lado de la joven. T o m a n d o p r e t e x t o
calculé, le diriuií'i la palabra vc o n v e r s ó
l'iii lainanci'íi
nuar

df

responder, -e

siéndolo,

durante

conocia

que

la

cu

el < j 111 •

del c u a d e r n o , á lo que

varias e s t a c i o n e s con ella,
interlocutora

eludia conti-

' C u a n d o el v e n d e d o r volvió, el i n t r u s o ofreció el c u a d e r n o á

la joven y q u i s o p a g a r l o : pero, ella

se

negó

I'n i n s t a n t e dcs[)iies. p a r ab a el tren en
la p r o n t i t u d

ordi-

de quien e s c a p a á

terminantemente

a recibirlo.

una estación y la j o v e n bajaba, con

un i m p o r t u n o .

Yo. q u e habia s e g u i d o

la
•i

escena, por mi posición á la e s p a l d a
caer ile mi e s p . r i t u . p o r q u e había

de una y otro, sentí

presenciado

t a m b i é n un

puso

en la i n t r u s i ó n del sujeto, laviolencia ejercida en el e s p í r i t u d e la joven.
M i e n t r a s ésta Icia. había v<> visto el t í t u l o del c u a d e r n o ,
líceítations." compilación
ó inexplicable,

de p o e s í a s

inglesas.

a u n q u e s e n t i d o por mi,

c u a d e r n o y p a g a r mis lo c e n t a v o s .
leí fué ••The Üayen:

pero,

ó sea

••Standard

I'n i m p u l s o de c u r i o s i d a d ,

me hizo pedir al ve n d e d o r el m i s m o

Kl t í t u l o de la p r i m e r a c o m p o s i c i ó n q u e

no h a b í a

pasado

adelante

por d e s a z o n a r m e el

visible d i s g u s t o de la joven d u r a n t e la i n t r u s i ó n del m e n c i o n a d o a v e c h u e h o .
D e s v a n e c i d a como por e n c a n t o mi s u s p e n s i ó n
la poesía y la releí v a r i a s veces, con
c u e n t a...