Educar E Cuidar.

Projeto ”Brincando e aprendendo no ambiente hospitalar”
Uma parceria entre Secretaria Municipal de Educação-Setor de Educação Infantil e Hospital Luis Eduardo Magalhães na cidade de Porto Seguro Bahia Brasil
Mentora do projeto: Mariza da Silva Ferreira

A Constituição Federal de 1988, preocupada com aeducação, destaca que: “a educação é direito de todos e dever do estado e da família, e será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) assegura o direito à continuidade no processo de ensino/aprendizagem àscrianças/adolescentes que se encontram hospitalizados, na lei de nº 9394/96, Cap. V, da Educação Especial Art. 58 e 59. Segundo a política do Ministério da Educação (MEC), Classe hospitalar é um ambiente no hospital, que permita o atendimento pedagógico às crianças/adolescentes internados, que estejam em tratamento hospitalar e que necessitam de acompanhamento educacional especial. (Brasil, 1994, p. 20).No Brasil existem 101 hospitais que oferecem atendimento pedagógico para sua clientela, onze deles são hospitais infantis. Dos 101 a maioria são hospitais públicos. E estão distribuídos em 18 Estados e no Distrito Federal. Na Bahia existem classes hospitalares e a partir do mês de agosto iniciou o projeto intitulado “Brincando e aprendendo no ambiente hospitalar” idealizado pela pedagogahospitalar municipal, Mariza da Silva Ferreira, supervisionado pela Coordenadora Iramar Lage Santos do Setor de Educação Infantil e Dilza Reis dos Santos da Secretária Municipal de Educação no Município de Porto Seguro.
O projeto Brincando e aprendendo no ambiente hospitalar é um trabalho inovador e que serve como ponte entre o hospital e a escola de cada criança que se encontra impossibilitada defrequentar a aulas convencionais em suas escolas de origem, por motivo de doença e dará suporte à continuidade do processo de ensino aprendizagem, cooperando na reintegração das crianças à sua escola de origem após a alta medica; contribuirá na socialização e na compreensão das suas alterações emocionais (a raiva, a insegurança, as incapacidades e frustrações), muitas vezes causadas pela internação epelos exames evasivos. Este projeto tem como eixo norteador a prática dialógica, a afetividade e a ludicidade. Para Fonseca (s/d apud Revista Crescer 2002, p.58), “a sala de aula do hospital é a janela por onde a criança se conecta com o mundo.” Um ambiente que poderia ser frio e desconfortante, acaba sendo modificado com a vinda da pedagogia hospitalar, transformando- se em um local deaprendizagem e crescimento acompanhado de alegria e muita descontração.
Certamente, fica menos traumático para uma criança hospitalizada enfrentar esse percurso quando não se está sozinho, podendo compartilhar com o outro a dor por meio do diálogo entre pedagoga-criança/pedagoga-acompanhante por este canal se constrói conhecimento, transformando em lúdico e ao mesmo tempo didática toda rotina daqueleambiente. Para Vygotsky (1988 - apud Saltoratto) as experiências lúdicas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual, cognitivo e psíquico das crianças. Assim, preservar e valorizar o brincar é uma maneira de fazer história e cultura. Em todas as atividades estão embutida a ludicidade, em forma de; contangem de histórias e recontanto, brincadeiras cooperativas, competitivas elivres, jogos lógicos, jogo simbolico (faz de conta), desenhos e pinturas, recortes e colagens muita arte que constitui um canal de comunicação onde se trabalha as emoções e a linguagem. É brincando que a criança pode copiar uma variedade de ações que estão muito além de seus limites de compreensão e de suas próprias capacidades, o chamado faz de conta. Os jogos, brinquedos e brincadeiras são...