Ensaio sobre o preconceito linguistico
Nunca foi tão evidente a dificuldade que nós brasileiros temos com a língua portuguesa, seja ela escrita ou falada. Desde cedo na escola somosbombardeados com conceitos, exceções, regras e padrões que nos são impostos, tudo isso para que possamos nos adequar a norma culta.
Recentemente li o livro “Preconceito Lingüístico - o que é, como faz”,de Marcos Bagno e muito do que eu pensava caiu por terra! Nossa como fui indelicado!
Nas Primeiras palavras, Bagno trata a língua como dependente do ser humano para existir, faz uma comparaçãobastante interessante ao dizer que a língua é um enorme iceberg e a norma culta a ponta que emerge.
Para o autor a língua é algo dinâmico que se renova constantemente, enquanto a norma culta éestática, velha, que se renovará com as mudanças feitas por outros lingüistas e pesquisadores.
O livro está dividido em quatro capítulos, no primeiro “A mitologia do preconceito lingüístico”, o autorenumera oito tipos de mitos presentes em nosso cotidiano.
O mito 1: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”.
Bagno ressalta que este é o maior e o mais sério dosmitos, pois está tão arraigado em nossa cultura que até mesmo os intelectuais se deixam enganar por ele. Na verdade este mito é muito prejudicial à educação, pois não reconhece a diversidade do portuguêsfalado no Brasil.
O Mito 2: “Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português”.
O autor diz que estas duas opiniões são frutos do complexo de inferioridade, ou seja, osentimento de sermos colônia dependente de um pais mais antigo e mais “civilizado”. Bagno mostra a diferença entre língua falada e língua escrita. E depois diz que é impossível um nativo não saber falarsua língua materna.
O Mito 3: “Português é muito difícil”.
Bagno afirma que o nosso ensino da língua sempre se baseou na norma culta de Portugal, as regras que aprendemos na escola em boa parte...
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