O Que É Um Concilio

História: O que é um Concílio?

A palavra Concilio pro-vém do latim “concilium” que significa assembleia.
O Concílio é pois, a as-sembleia magna dos re-presentantes do povo cristão, que compreende sempre, os bispos e e-ventualmente leigos e outros delegados de ins-tituições eclesiais relacio-nadas com a ordem de trabalhos da própria as-sembleia conciliar.
Esta assembleia é con-vocada epresidida pelo sucessor de Pedro para debater problemas graves surgidos no seio da Igreja e para estabelecer orientações seguras e necessárias às Comunidades Cristãs.
As normas e os procedimentos conciliares têm permanecido, ao longo dos tempos, sem alterações dignas de relevo e vigoram desde há séculos.
Nos primeiros tempos da história da Igreja, era o imperador romano que convocava os concílios edava parecer sobre quem neles devia participar. Não nos podemos esquecer que a Igreja estava no seu começo e não tinha possibilidades de arcar com toda a logística relacionada com a convocação do concilio, nomeadamente do ponto de vista económico. Mau grado este condicionalismo foi sempre o clero iluminado pela acção do Espírito que elaborava a agenda do concilio, conduzia os trabalhos epreparava os documentos finais com as conclusões.
Os concílios foram, desde sempre, convocados em épocas dificeis e, por vezes, perturbadas da vida das comunidades cristãs.
Logo nos primeiros tempos do Cristianismo e conforme o livro dos Actos dos Apóstolos, as comunidades sentiram a necessidade de reunir com os Apóstolos para decidirem a orientação a seguir quanto às relações entre a Igreja e oJudaísmo, ou seja, para afirmar a identidade da Igreja face à forte pressão da Sinagoga, que não via com bons olhos a autonomia eclesial.
A assembleia, inspirada pelo Es-pírito Santo, decidiu seguir o ca-minho da sua identidade cristã, apesar de tal decisão ter provo-cado um agravamento das rela-ções entre ambas as instituições. A rápida expansão do cristianis-mo para fora da Pa-lestina em zonas onde acultura grega era dominante veio exigir uma nova lin-guagem e uma orga-nização diferente, capazes de respon-der à vitalidade das novas comunidades.
Para dirimir discre-pâncias e conseguir consensos foi sem-pre entendido que seria a instituição conciliar a mais apta para unir as comunidades na caridade e na doutrina.
Conforme a abrangência pretendida assim se classificam os concilios em trêstipos:
• provinciais
• plenários
• ecuménicos
Concílios provinciais: destinam-se às dioceses da mesma província eclesiástica – em Portugal existem três províncias eclesiáticas, a de Braga, de Lisboa e de Évora. Celebraram-se vários concílios em Portugal, sobretudo em tempos passados, nomeadamente os concilios de Braga.
Concílios plenários: abrangem as dioceses da mesma conferênciaepiscopal - em Portugal realizou-se um concílio em 1926.
Concílios ecuménicos ou universais: o concílio de Niceia em 325 é considerado o primeiro dos 21 que se lhe seguiram até ao Vaticano II (1962-1965).
O termo “ecumenismo” que provém do grego “Ecumene” significa a parte habitada da terra, daí o conceito de universalidade.
A palavra ecumenismo pretende hoje designar todo o conjunto deiniciativas e atividades tendentes a favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e ruturas.
Mas afinal porque razão aconteceram tantos Concílios?
A Igreja possui duas naturezas: a divina e a humana. Enquanto instituição terrena, a Igreja, além de ser circunstanciada pelo tempo e pelo espaço, é conduzida por homens que, embora ajam em nome de Deus e pela unção do EspíritoSanto procu-
em encontrar
sempre os me-
lhores caminhos não deixam de ser humanos e portanto imper-
feitos.
Ao longo da História, para cumprir a sua missão evange-lizadora, a Igre-
ja procurou fa-
zer-se sempre presente no mundo e, com a sua experiência, contribuir para a construção de uma sociedade alicerçada nos valores dos cristianismo. Para alcançar tal desígnio a Igreja teve de...