VERNANT Nacimiento De Lo Político 1
HACIENDO CAMINO
tre el p o d e r y d e l o r d e n social, entre e l rey y el g r u p o h u m a n o som e t i d o a él.
E n el Vocabulario de las instituciones
N A C I M I E N T O D E L O POLÍTICO
indoeuropeas,
É m i l e Ben-
v e n i s t e ha n o t a d o la d i f e r e n c i a entre la realeza i n d o e u r o p e a (el
rex l a t i n o , el raj i n d i o ) , p o r u n a p a r t e , y larealeza griega, p o r la
o t r a . E n la n o c i ó n i n d o e u r o p e a d e s o b e r a n í a , el acento está
E N DÉMOCRATIE
ANCIENNE
ET MODERNE,
Moses Finley escribe: "Son
los
puesto e n la fimción sacra m á s que en la fuerza guerrera: el rey es
griegos, d e s p u é s d e t o d o , quienes descubrieron n o sólo la d e m o -
m e n o s político q u e religioso. Su misión n o es m a nd a r , ejercer u n
cracia, sino también l o político, el arte de d e c i d i r p o r m e d i o de la
poder, sino fijar las reglas, d e t e r m i n a r l o que está p e r m i t i d o . Él se
discusión y de obedecer esas decisiones c o m o condición necesaria
parece m á s a u n sacerdote que a u n jefe. E n Grecia, p o r el contra-
p a r a u n a existencia social c i v i l i z a d a " . ^ E la c u e r d o de f o n d o c o n
r i o , el r e y es d e f i n i d o c o m o despotes, a q u e l c u y o p o d e r es t a l q u e
F i n l e y deja abiertos m u c h o s interrogantes. D e fecha, en p r i m e r l u -
d i s p o n e a s u a n t o j o d e quienes e s t á n s o m e t i d o s a s u a u t o r i d a d .
gar. Si la instauración de la democracia p u e d e ser fácilmente seña-
A r i s tó t e l e s p o d r á d e c i r q u e el r e y establece c o n respecto a sus
lada y d a t a d a , ¿en q u é m o m e n t o fijar e l n a c i m i e n t o d e l o " p o l í -
s u b d i t o s la m i s m a relación d e c o m p l e t a d o m i n a c i ó n q u e e l jefe
tico"? ¿Se trata de la Grecia de las ciudades de los siglos v n y vi? ¿ O
de f a m i l i a ejerce sobre sus hijos o el h o m b r elibre sobre los escla-
i n c l u s o antes? Respecto d e esto, H e n r i v a n Effenterre estima p o -
v o s de los que es el a m o .
der discernir u n indicio arqueológico (una plaza pública) en el
A estas observaciones de Benveniste, es preciso añadir las de
m u n d o creto-micénico. A n t e s , y quizá también e n otra parte: M a r c
A n d r é - G e o r g e s H a u d r i c o u r t , q u eo p o n e las funciones reales d e l
Abeles, e n Le Lieu du politique, señala s u presencia e n e l suroeste
soberano entre los pueblos " a g r i c u l t o r e s " , c o m o los antiguos chi-
d e Etiopía, entre los OchoUo, c o n plazas públicas, asambleas, for-
nos, y los p u e b l o s "pastores", dedicados esencialmente a la gana-
mas de ciudadanía. Puede, en efecto, haber allí, en ciertasc o m u n i d a -
dería, c o m o los griegos de la época homérica. Entre los p r i m e r o s ,
des humanas, aspectos d e l o político. Pero el caso g r i e g o es p a r t i -
el m e j o r r e y es a q u e l q u e n o hace n a d a : de su persona i r r a d i a u n
cular p o r q u e l o político h a cobrado ahí u n a f o r m a suficientemente
o r d e n social e n el que cada ser, e n e l l u ga r que le corresponde, se
densa, o r g a n i z a d a y consciente c o m o p a r a d i r i g i r t o d o e l c a m p o
desarrolla d e manera espontánea, s i g u i e n d o s u p r o p i a naturaleza.
social e i m p r i m i r l e s u sello. Las razones, d e o r d e n histórico, s o n
La a c c i ó n real s i e m p r e reviste u n a f o r m a " i n d i r e c t a y n e g a t i v a " ;
m ú l t i pl e s y se s i t ú a n e n d i v e r s o s p l a n o s . Es s u c o n v e r g e n c i a l o
ella s u p r i m e los obstáculos, despeja e l terreno, i r r i g a , n o obliga de
q u e c o n d u j o a l o que l l a m a m o s polis, la ciudad-Estado.
n i n g u n a manera. L a domesticación d e los animales lleva a los pas-
Esta invención d e la polis tiene, m e parece, u n a condición p r e -...
Regístrate para leer el documento completo.