Politica
A onda revolucionária, que varreu em 1848 por grande parte da Europa, bem como o seu significado político foi marcado por um caráter social. França, Áustria, Alemanha, Suíça, como outros Estados, foram os cenários em que a classe trabalhadora tomou parte na forma de protestos e revoltas pela pequena burguesia liberal contra os interesses da burguesia, que monopolizou asalavancas do poder.
Suas demandas eram focadas em uma extensão dos direitos e liberdades conquistadas durante a Convenção Nacional Francesa de 1793: o sufrágio universal masculino, a democracia, a assistência social para os menos favorecidos, o direito ao trabalho, à livre associação, etc. A experiência de 1848 foi particularmente importante na França, onde a pressão social obrigou ocolapso da monarquia de Luís Filipe, o "rei burguês", e forçou a proclamação da Segunda República.
Dentre suas principais causas podemos destacar: A crise econômica desencadeada na França em 1847 após uma série de más colheitas, especialmente a batata, alimento básico para massas. A crise agrária influenciou sobre o setor industrial e o financeiro, levando ao desemprego de muitostrabalhadores; a negação dos direitos e liberdades importantes setores da sociedade francesa: a monarquia de Luís Filipe só satisfazia os interesses da burguesia, enquanto a pequena burguesia e do proletariado eram politicamente e economicamente negligenciadas. Através de um balanço da Revolução de 1848, podemos destacar que grande parte da pequena burguesia, com medo da revolução social, abandonou suaaliança com o proletariado e juntou-se a grande burguesia, apesar de todo o século XIX, as diferenças entre as duas patentes foram cristalizadas nas lutas políticas entre moderados e radicais; O proletariado começou a adquirir consciência de classe, e ao mesmo tempo agindo ao acaso, foi estabelecida como um movimento autônomo separado dos interesses burgueses; Os camponeses, uma vez obtida a sualibertação pelo regime senhorial, foram conduzidos de uma forma muito moderada e o objetivo no futuro seria a de preservar os ganhos obtidos. Politicamente, apesar deste aparente fracasso, os eventos em 1848 marcaram o início de uma democracia progressiva (sufrágio universal) e incorporação da luta política da classe trabalhadora.
2. Benjamin Constant
Ele contrapõe a liberdade dosantigos a liberdade dos modernos, que coincidirá com o que atualmente chamamos liberdades-autonomia e liberdades-participação. Antes que liberal, ele se considera individualista, afirmando que a Constituição é o meio essencial pela qual a liberdade esta assegurada. A soberania para Constant parte do princípio da supremacia da vontade geral sobre a particular.
Liberal e individualista,contrário á democracia, afirma, sem dúvida, a existência da soberania popular, mas com a absoluta necessidade de colocar uma série de limites, pois o reconhecimento abstrato da soberania do povo não aumenta em nada a soma de liberdade dos indivíduos, e se atribuindo uma amplitude indevida pode se perder a liberdade, apesar de em contra este mesmo principio.
Seu individualismo o faz afirmarque a soberania somente existe de um modo limitado e relativo, onde começa a independência e a existência individual se detém a jurisdição desta soberania. O problema, pois, consiste em determinar os limites a esta soberania popular, pois quando a soberania não esta limitada não há nenhum meio de colocar os indivíduos ao abrigo dos governos. Em vão, se pretendia submeter os governos á vontade geral,sempre ditando esta vontade e todas as precauções resultam ilusórias. Finalmente, indica como limites a existência dos direitos individuais. Mas este limite não é suficiente. Necessita estar limitada também pela distribuição e equilíbrio dos poderes.
Os direitos individuais, para Constant, descansam na consciência individual, depósito de direitos imutáveis, que são independentes de...
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