Pos doc
ISSN 1517 – 199X
HIBRIDISMO E SUPORTES DIGITAIS: IMPLICAÇÕES NO CINEMA ATUAL
AZEVEDO LUÍNDIA, Luiza Elayne
Cursando Pós Doc no Centro de Investigação em Artes e Comunicação – CIAC - Universidade de
Algarve - Portugal. Dra. em Ciências Socioambiental - Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA/
UFPA). Professora do Departamento deComunicação Social da Universidade Federal do Amazonas.
Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Comunicação Social - GEPECS – E.mail: luindia@ufam.edu.
br;luindia@uol.com.br
RESUMO: O artigo objetivou analisar as implicações do hibridismo dos suportes digitais para o atual cinema bem como
se avançaram na discussão levando em conta alguns cenários em Manaus (AM). Para tanto se buscou compreenderos
entrelaçamentos dos dispositivos e suas implicações tendo como fios condutores os seguintes elementos: 1 De espectador
a realizador; 2 Acesso, distribuição e janelas de exibição; 3. Narrativa, conteúdo, qualidade técnica e intertextualidade.
Para efetivar esse estudo, se utilizou a pesquisa bibliográfica e descritiva em parâmetros de interpretação crítica.
Palavras – chave: 1-Tecnologias.2-Suportes digitais. 3-Implicações. 4-Cenários em Manaus
1. Introdução
A conversão digital de todos os meios audiovisuais se apresenta como um tema provocativo.
No meio acadêmico, pesquisadores declaram dois lados opostos: primeiro, o lado dos considerados
‘otimistas’ apontando o suporte digital como a morte do cinema clássico ao determinarem o ciberespaço1
e o computador como importantesfatores de potencializar o imaginário dos seres humanos e o incremento
do cine digital; segundo, a corrente dos ‘saudosistas’ ligados à defesa do cinema puro e avessos às
tecnologias digitais.
Entre os dois cenários, se propõe a um recorrido alternativo: analisar de maneira
crítica
tópicos
o
processo
de
transferências
entre
os
distintos
suportes
digitais.Debater-se-á
relacionados às combinações e reinterpretações a partir de um modelo híbrido2 de
1 O ciberespaço (também chamado de “rede”) é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos
computadores. O termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também
o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam ealimentam
esse universo. (Lévy, 1999, p. 17)
2 Tomaremos o termo híbrido a partir da ótica de Mercader (2002), para o qual, é modelo e predisposição para
chegar a ser e significa salto e mutação. Uma interpretação por hibridação se conduziria pelos dispositivos de
cruzamentos e no sentido de se interpor e de atravessar e de mutação, no sentido de conversão substancial ou de
natureza, desubstituição de uma coisa ou de um estado.
UNAMA - Universidade da Amazônia
Programa de Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura
55
Revista Movendo Idéias Vol. 18 n. 1 jan. a jun. de 2011
ISSN 1517 – 199X
56
suportes digitais. Consideraremos também os entrelaçamentos bem como suas implicações.
Diante do exposto, se questiona: a partir de quais contextos se realizou o hibridismodesses suportes?
Como os suportes digitais promoveram ou não acesso, produção, distribuição e as atuais janelas de
exibição? Para se efetivar a discussão, se delineou três fases: na primeira, uma contextualização da
tecnologia, convergência e hibridismo para o cinema digital. Na segunda, se argumenta sobre as
implicações da convergência midiática e cibercultura sobre quatro questões, a saber: 1De espectador
a realizador; 2 Acesso, Distribuição e Janelas de exibição; 4 Narrativa, conteúdo, qualidade
técnica e intertextualidade. Na terceira, se tece algumas reflexões desses âmbitos em Manaus.
2. Convergência, hibridismo e cinema digital
Manovich (2001) foi um dos pioneiros a se dedicar aos efeitos da computação gráfica na cultural
visual e o fez a partir da discussão da história...
Regístrate para leer el documento completo.