O movimento abolicionista

O Movimento Abolicionista

Civilização Brasileira

Sumário

Introdução 3

I. O abolicionismo no Brasil 3

II. A lei de 28 de setembro 4

III. A influência e a comparação com a via americana 6

IV. A última década da escravidão 7

Conclusão 8

Bibliografia: 10

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A escravidão no Brasil

Introdução

A escravidão é um capítulo da História do Brasil,pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
Durante mais de três séculos a escravidão foi a forma de trabalho predominante nasociedade brasileira. Além disso, o Brasil foi a última nação da América a abolir a escravidão. Num país de 500 anos, um fato que perdurou por 300 anos assume grande importância na formação da sociedade brasileira.
No presente trabalho, estabelecemos uma pequena análise de questões relativas ao movimento abolicionista no Brasil, procurando dar ênfase às questões mais características dessemovimento, ou seja, aos pontos principais.
Nessa abordagem, procuramos também enfatizar a participação ativa do negro na construção da sua liberdade, estabelecendo uma relação entre as atividades dos negros e a conseqüente aprovação das leis que culminariam com a abolição do tráfico em 1888.
Em um determinado momento, estabeleceremos uma pequena comparação entre o movimento abolicionistaarticulado no Brasil e o movimento abolicionista dos Estados Unidos, considerando algumas questões.
Para começar, vamos analisar o abolicionismo no brasil, depois, discutaremos da lei do 28 de Setembro. A seguir, faremos uma comparação do movimento brasileiro e do movimento dos Estados Unidos. Emfim, para tarminar, falaremos das ultimas décadas da escravidão.

I. O abolicionismo no BrasilDesde a primeira metade do século XIX, a corte encontra dificuldades de administrar e controlar o movimento de negros. A cidade do Rio de Janeiro se via as voltas com o crescimento dessa população, o que de certa forma mostrava a vitalidade da escravidão mesmo após a lei de 1831, que decretava o fim do tráfico negreiro, também chamada “lei para inglês” ver, uma vez que tal lei de fato não foraempregada no Brasil até 1850.
Porém, muitas coisas vão mudar na corte até 1870. Tais alterações serão provocadas pelas mudanças demográficas, ou seja, pela maior aglomeração de negros nos centros urbanos, e pelo adensamento político das ações dos escravos, o que de fato deixará a mostra à vulnerabilidade da escravidão. Tal aglomeração de escravos na corte desencadeará o que Sidney Chalhoubdefine como a formação de uma “cidade negra” caracterizando assim esse momento: “... a formação da cidade negra é o processo de luta dos negros no sentido de instituir a política – ou seja, a busca da liberdade – onde antes havia fundamentalmente a rotina” .
A “cidade negra” é constituída assim de práticas sociais que visam à transformação de eventos corriqueiros em acontecimentos políticos, ouseja, alforrias, castigos e licenças para viverem sobre si, entre outros eventos, se constituirão agora em momentos de crise. Nesse momento, os agentes históricos então vitimados pela escravidão poderão ter a percepção de tais fatos como algo que possibilite visualizar uma sociedade diferente e transformada.
De certa forma, a alta concentração de negros na corte constituía um fator de alertaaos administradores que se mostravam preocupados com tal situação, enquanto a recomendação freqüente era a de redobrar a vigilância para evitar uma insurreição escrava. Mesmo diante de tais constatações, não se ousava questionar a escravidão, uma vez que não era concebida outra forma de organização do trabalho, como podemos comprovar inclusive quando se da a hesitação em por fim ao tráfico...