Em torno a mounier

Páginas: 8 (1798 palabras) Publicado: 29 de diciembre de 2010
EM

TORNO

A

EMMANUEL

MOUNIER
Alino Lorenzon
UGF

MOUNIER, Emmanuel. RLjCÚC La RCllIuziss(/Jzcc. Préface de Guy Coq. Paris: Le Seuil, 2000. 517 p. (Essais, 413).

Emmanuel Mounier faleceu há cinqüenta anos, em plena atividade intelectual aos quarenta e cinco anos. A morte interrompeulhe todo um projeto de vida. Uma grande figura do século XX, fundador da revista e do movimentoEsprit em 1932, na idade de vinte e cinco anos. A revista Esprit continua ainda hoje como canal de discussão e como uma das mais influentes e de maior tiragem na França.

E

Mounier desempenhou para sua época e para muitos homens e mulheres um papel excepcional de educador e de filósofo no sentido mais radical da palavra. É por isso que neste ano muitos eventos têm sido programados em diversospaíses e sobretudo na França com estudos, discussões, congressos e publicações, aprofundando sua obra, seu pensamento e seu testemunho à luz da problemática de hoje. maior evento está previsto para os dias 4, 5 e 6 de outubro na UNESCO, em Paris, com a realização do Colóquio Internacional Emmmlllcl MOI/má: I/!Jl grrmd témoill.

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A coordenação geral do colóquio ficou a cargo de Guy Coq,Presidente e membro da Associafion dês anies d'E. MO/mier, da redação de Espnf. Dentre as múltiplas atividades programadas, além do Colóquio Internacional, constam iniciativas editoriais como publicação de inéditos, reedições, trabalhos sobre a obra de Mounier, traduções, artigos, debates na imprensa, sifcs na internet e outros. Assim é que a obra da qual redigimos esta resenha acaba de ser selecionada ereunida com excelente prefácio de Guy Coq. São alguns textos fundadores, em particular artigos de E"pnf. O título Rifairi' !a RC!l1laissf7llccfoi dado ao manifesto na reunião em Font-Romeu nos Pireneus, em outubro de 1932, quando um grupo de jovens intelectuais franceses, inconformados com os rumos da civilização burguesa e individualista e com um certo cristianismo comprometido com a mesma,decidiram lançar um movimento e uma revista destinados a pensar uma nova civilização mais justa e mais solidária e se engajar ao mesmo tempo para a realização do projeto. O título Re!Ílzer tl Re/l{lSccllf/l poderá parecer à primeira vista um tanto estranho. O Renascimento propõe uma mudança radical em face de um mundo em decadência. Assim, na década de 1930, precisava diagnosticar uma crise globalduma civilização, também decadente, inaceitável por aquelas novas gerações, mais lúcidas. Guy Coq o ressalta muito bem, no prefácio, ao levantar a questão: QlItl! cllJtlizapTo! A um mundo totalmente dominado pelo individualismo burguês e pelas ameaças dos coletivismos, a uma filosofia idealista distanciada dos graves problemas da realidade, era preciso opor um novo projeto de civilização, umafilosofia voltada para a discussão desses novos desafios e um cristianismo mais fiel à mensagem e aos exemplos de Jesus Cristo. Para tanto era necessária a audácia da juventude, que sofria na carne as conseqüências da crise econômica e da Primeira Guerra Mundial. Era necessária a pobreza do santo e, podese mesmo dizer, a força do profeta. Paul Ricoeur, num texto que discerne a profundeza essencial dogênio, insiste na necessidade de jamais esquecer essa ambição primeira de Mounier que subentende a toda a obra do fundador de Espri! (p. 10). Quando Mounier discute a pessoa, a comunidade, a economia, a política, a religião ou qualquer outro campo do saber e do agir humanos e da sociedade, é preciso lembrar que esses são aspectos parciais tendo sentido unicamente dentro de um projeto global - acivilização. O texto de Paul Ricoeur, citado e comentado por Guy Coq, captou muito bem a intuição do fundador de Espri!. "Sua grande força foi a de ter, em 1932, ligado a origem de sua maneira de filosofar à tomada de consciência duma crise de civilização e de ter ousado visar, além de toda filosofia de escola, uma nova civilização em sua totalidade" (Une philosophie, üprif, n. 12 (1950): 861). Esse...
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