Alegoria da caverna

Páginas: 6 (1273 palabras) Publicado: 31 de mayo de 2010
|Alegoria da Caverna |
|Platão, República, Livro VII, 514a-517c |
|Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a |
|seguinte experiência. Suponhamos uns homensnuma habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada |
|aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados |
|de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são |
|incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que sequeima ao longe, |
|numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual |
|se construiu um pequeno muro, no género dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para |
|mostrarem as suas habilidades por cima deles. |
|– Estou a ver – disse ele.|
|– Visiona também ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objectos, que o ultrapassam: |
|estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de lavor; como é natural, dos que os |
|transportam, uns falam, outros seguem calados.|
|– Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas – observou ele. |
|– Semelhantes a nós – continuei -. Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si |
|mesmo e dos outros, algo mais que as sombras projectadas pelo fogo na parede oposta da caverna? |
|– Comonão – respondeu ele –, se são forçados a manter a cabeça imóvel toda a vida? |
|– E os objectos transportados? Não se passa o mesmo com eles ? |
|– Sem dúvida. |
|– Então, se eles fossem capazes de conversar uns com osoutros, não te parece que eles julgariam estar a nomear |
|objectos reais, quando designavam o que viam? |
|– É forçoso. |
|– E se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo? Quando algum dos transeuntes falasse, não teparece que|
|eles não julgariam outra coisa, senão que era a voz da sombra que passava? |
|– Por Zeus, que sim! |
|– De qualquer modo – afirmei – pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos |
|objectos.|
|– É absolutamente forçoso – disse ele. |
|– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a|
|ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguémsoltasse um deles, e o |
|forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, |
|sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que |
|ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da |
|realidade e via de...
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