Análise da variação lingüística em um capítulo do livro didático “tudo é linguagém” 6ºano
Campus Avançado “Prof.ª Maria Elisa de A. Maia” – CAMEAM
Departamento de Letras – DL
Curso: Letras – Língua Espanhola Período: 4º Turno: Matutino
Disciplina: Sociolingüística
Professora: Maria Eliza Freitas do Nascimento
Luciene Maria Pinheiro de Almeida
Maria Zildarlene da Silva
Shirley Ferreira
Telma Patrícia Nunes C. AlmeidaANÁLISE DA VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA EM UM CAPÍTULO DO LIVRO DIDÁTICO “TUDO É LINGUAGÉM” 6ºANO
Pau dos Ferros/210.1
Luciene Maria Pinheiro de Almeida
Maria Zildarlene da Silva
Shirley Ferreira
Telma Patrícia Nunes C. Almeida
ANÁLISE DA VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA EM UM CAPÍTULO DO LIVRO DIDÁTICO
Trabalho apresentado sob forma de análise como requisitoavaliativo da disciplina Sociolingüística, orientado pela professora Maria Eliza Freitas do Nascimento.
Pau dos Ferros/2010.1
O presente trabalho tem como objetivo analisar o capítulo “unidade prévia” e unidade II do livro didático de Português “Tudo é linguagem”, 6º ano de Ana Borgatto, Terezinha Bertin e Vera Marcherzi, publicado pela editora Ática, 2008; se este apresenta variaçãolingüística e verificar se está ajudando a extinguir ou amenizar o preconceito lingüístico tão arraigado em nossa sociedade.
A língua portuguesa não é única nem homogênea. Ela varia de acordo com vários fatores como status social, sexo, grau de instrução, profissão, estilo pessoal, contexto (formal/informal), região de origem do falante, entre outros. A variação lingüística é uma característicainerente às línguas; e o Brasil, que tem hoje mais de 180 milhões de habitantes e cerca de duzentos idiomas (além das línguas indígenas – aproximadamente 170 - convivem com o português brasileiro outras quase trinta línguas trazidas pelos imigrantes desde o início do século XIX, após a independência, em 1822) é, por definição, a nação da diversidade, seja nos aspectos econômico, cultural ou social. Eessa diversidade se reflete em suas línguas.
Partindo-se da premissa de que a mutabilidade e a variabilidade são características básicas e inequívocas de qualquer língua natural, a Sociolingüística Variacionista tem como principal objetivo a compreensão de como as mudanças se dão nos sistemas lingüísticos e como essas mudanças podem ser relacionadas a processos variáveis sincrônicos nosquais fatores lingüísticos e sociais estão estritamente interligados (WLH, 1968; LABOV, 1972, 1994). Esses pressupostos contrapõem-se à visão estruturalista da língua como um sistema sincronicamente homogêneo, unitário e autônomo. Ao assumir a competição entre forças internas e externas atuando na configuração de um sistema lingüístico, a Sociolingüística Variacionista refuta a univocidade da relaçãoentre estrutura lingüística e homogeneidade. Para esse modelo teórico-metodológico, a heterogeneidade ordenada é natural e inerente a todo sistema lingüístico efetivamente usado em situações reais de interação.
Na busca por romper com a identificação entre estrutura e homogeneidade, a Teoria para a Variação e Mudança Lingüísticas postula que a ausência da heterogeneidade num sistemalingüístico concreto é que seria disfuncional e descarta as idéias de que estruturas heterogêneas refletem multidialetalismo ou situam-se apenas no nível do desempenho lingüístico de seus usuários. Postula-se que o domínio de estruturas heterogêneas é parte da competência lingüística dos falantes (WLH, 1968, p. 100-101; LABOV, 1972, p. 203). A língua é concebida como um sistema inerentemente heterogêneo evariável, que serve de meio de comunicação entre os falantes de uma comunidade e que no qual atuam constantemente forças lingüísticas e sociais.
O reconhecimento dessa heterogeneidade é um grande passo para que se modifique a ideologia de uma só língua no Brasil, que insiste em padronizar a língua falada por seus habitantes. A mudança dessa ideologia começa com a conscientização e...
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