Fuundamentos historicos de la educacion ambiental

A UNIVERSIDADE E A PRÁTICA ACADÊMICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA - Yara Maria Soares Costa da Silveira (yara.mariasilveira@gmail.com)

INTRODUÇÃO O artigo discorre sobre a prática de ensino da Educação Ambiental nos cursos de licenciatura em Geografia no âmbito acadêmico. Faz-se análise do papel da Instituição na formação teórico-metodológica dos seusdiscentes, no que concerne a sua prática. A Universidade aqui reconhecida como centro de Excelência, tendo como uma de suas responsabilidades contribuir na formação de cidadãos críticos capazes de intervir de forma consciente em relação aos problemas ambientais. Capacitando-os para intervir positivamente na solução dos mesmos, contribuindo assim para melhor qualidade de vida da população e sustentabilidadedo espaço. Esta produção faz rápida revisão bibliográfica da perspectiva dominante na prática de ensino da Geografia em relação ao tema Educação Ambiental, no contexto acadêmico. São idéias que foram surgindo gradativamente e anotadas, e que posteriormente tomaram forma. Trata-se de idéias modestas. O estudo não propõe de forma alguma inovar teoricamente, mas contribuir para aumentar a eficiênciadas interações da teoria e práxis da Geografia nas suas abordagens constantes com o meio ambiente, no contexto do ensino universitário.

DESENVOLVIMENTO Utilizou-se para elaboração da pesquisa, de reflexões, de textos do cotidiano acadêmico e de revisão bibliográfica com autores que tratam sobre o tema. Ao analisar-se a questão ambiental, percebe-se que sua problemática afeta a todos, nãopossuindo fronteiras. Não há nação periférica, não existe um terceiro mundo na visão global ambiental. Faz-se necessária mudança de postura por parte dos cidadãos, pois a temática, Meio Ambiente, já é bastante conhecida e divulgada. A partir da revisão bibliográfica entendeu-se que a prática na academia tem demonstrado que mesmo com políticas, legislações, atividades empreendidas em favor daconservação, preservação e qualidade do meio ambiente, ela não tem alcançado os objetivos esperados, principalmente pela falta de vinculação dos processos educativos à prática disciplinar e interdisciplinar, tão evidente no ensino formal. Verificou-se que os currículos demonstram a grande diversidade de formas e concepções no trato com a Educação Ambiental, muitas vezes vista como conteúdo integrante dasciências físicas e biológicas numa visão naturalista, sem estar incorporada aos objetivos da educação que contemplem as questões sócio-culturais e político-ambientais. De acordo com Buarque (1990), cabe a Universidade papel importante nesse processo de mudanças, implementando o ensino, numa missão educativa de construir e recuperar informações, formar nova cultura que envolva procedimentos e técnicascompatíveis com a sustentabilidade do meio ambiente. O Informe Final da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (UNESCO, 1978) realizada em Tbilisi, 1977, recomendou que “as universidades na qualidade de centros de investigação, de ensino e de formação qualificada do país, devem dar cada vez mais atenção à investigação sobre Educação Ambiental e à formação de especialistas emeducação formal e não formal”. A partir das leituras feitas, percebeu-se que o estudo da Educação Ambiental dentro da Universidade aborda a educação como papel fundamental para a formação de consciências individuais e coletivas. O estudo vinculado à prática, busca formação de pessoas sensibilizadas com os problemas sócio-ambientais, voltados para uma nova lógica social, hoje bastante complexa. Nestecontexto a ciência geográfica deve falar de riquezas, mapas, cidade, campo, mas, sobretudo, falar da sociedade, pois esta é quem modifica os espaços/lugares através das suas ações e trabalho. Compreender as desigualdades sócio-espaciais é sua tarefa. Seu esforço é o de fazer interação entre a sociedade, ciências e a práxis acadêmica em um dialogo interdisciplinar que respeite o objeto de cada...